APOLOGÉTICA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
Ao assumir a natureza humana, Jesus Cristo viveu um estado que contrasta com sua Divindade: a humilhação. Esta se deu desde o seu nascimento até sua morte e sepultamento. O próprio Filho de Deus sujeito às mesmas limitações, sofrimentos, necessidades, morte e sepultamento das criaturas humanas.
Contudo, a morte e ressurreição estão no centro do evangelho, da missão de Cristo nesta terra. Negar a ressurreição é desestruturar ou mesmo anular a base de toda a crença na obra da salvação.
Aqueles que negam a ressurreição de Jesus, alegando que as testemunhas relatadas no texto Sagrado foram vítimas de algum tipo de ilusão óptica ou sugestão psicológica produzidas pelo desejo e pela crença em sua ressurreição têm de lidar com alguns argumentos embasados no próprio texto bíblico:
1. O primeiro ponto que devemos focar é que Deus pode operar de formas que vão além da natureza. Admitir a existência de um Deus que criou todo o universo e duvidar que esse mesmo Deus possa ir além do ordinário é simplesmente ilógico, até mesmo irracional (Lucas 1.37).
2. Quanto ao fato de os apóstolos estarem ansiosos ou psicologicamente sugestionados quanto ao retorno dentre os mortos, vejamos os seguintes textos: Marcos 16.11, 13; Mateus 28.17; Lucas 24.11. Mesmo os apóstolos tinham dúvidas quanto à ressurreição de Cristo, ou seja, se estavam sugestionados a algo, era a duvidar.
3. Além disso, não foram pessoas em lugares isolados, mas grupos de pessoas que o viram, durando isso por apenas quarenta dias, depois dos quais ninguém - com exceção de Paulo – teria sido vítima de tal “ilusão”.
4. Os guardas por sua vez, disseram que os discípulos roubaram o corpo enquanto eles dormiam. Esse testemunho, em si mesmo, não tem valor, pois, se estavam dormindo, como eles mesmos disseram, não poderiam testemunhar.
Outro fato é que a pedra, grande o suficiente para fechar o sepulcro, dificilmente seria retirada sem que houvesse barulho o suficiente para despertar guardas, certamente acostumados a rondas e vigílias de trabalho. A não ser que se admita uma invenção divina, mas nesse caso, é muito mais viável admitir que Deus, em Sua Soberania, ressuscitou Jesus, do que supor que fez cair um sono sobre os soldados para que fosse roubado o corpo de seu Filho.
5. Por fim, os testemunhos de Jesus ressurreto não se resumem àqueles doze homens e a algumas mulheres, mas Paulo afirma que, antes da ascensão, Jesus foi visto por mais quinhentos irmãos que, quando escrito este texto, vivia a maioria (1 Co 15.6).
Estes testemunhos são satisfatórios para as exigências científicas e satisfizeram de tal forma os outrora desanimados e abatidos apóstolos, que, convictos do que presenciaram, com muito mais intrepidez anunciavam a Palavra de Deus, de modo que seu testemunho perdura até os dias de hoje.
Concluindo, se esta não fosse mesmo a obra que Deus fez em Cristo, tomando as Palavras de Gamaliel, já teria caído no esquecimento (Atos 5.38,39).