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Entre o altar e o Profano
Entre o altar e o Profano

Um poema sobre as crises existenciais

 

Se sou altar sinto paz harmoniosa
Sinto estar no apogeu de Tua vontade
Sinto corresponder à vocação tão gloriosa
Sinto meu ser repleto de sublimidade

Se sou profano satisfaço-me em concupiscências
E me desfaço de remorso, arrependido
Estremeço de prazer nas indecências
E me corroo, medíocre, desiludido

Quando altar Te ouço a voz tão bela e suave
E clamo alto com um tom emocionado
Formando belo dueto de mesma clave
Amigo íntimo de um ser tão exaltado

Quando profano escolho palavras sedutoras
E me esqueço da outrora comunhão
Troco carícias com mãos igualmente pecadoras
Toda a grandeza transcendente vai ao chão

Se no altar Tua palavra me engrandece
Parece tudo tão possível, tão palpável
Devoro textos entre lágrimas e preces
Cada versículo se revela confiável

Se no profano nada daquilo me recordo
Como literatura das férias de verão
E de pecados me revisto quando acordo
Passando o dia com pesar no coração

Quando profano dilacero as emoções
Quando altar me encho de Teu Espírito
Se no altar Te anuncio às multidões
Se no profano meu saber se faz empírico

Se no altar eu Te desejo mais ardente
Mais ardente é meu desejo tão profano
Profano a alma, a carne, o corpo, decadente
Entristeço o coração do pai que amo

Quando no altar sinto o sabor da Tua presença
E saboreio a beleza da Tua santidade
Quando no profano, sinto o gosto da indecência
E satisfaço minha humana mediocridade

Se no altar sinto do Pai a mão tão terna
Se no profano, sinto do mal o toque rente
Se profanar vivo, mas morro morte eterna
Se no altar, morro, mas vivo eternamente


Um texto de dezembro de 2008