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Vida Devocional 04 - O Culto
Vida Devocional 04 - O Culto

O Culto

Leitura: Colossenses 3.12-17

 

O culto bíblico corresponde a uma resposta do homem à revelação e à presença de Deus, onde suas criaturas dedicam honra e glória, agradecendo por todas as suas boas dádivas e por todo o conhecimento de sua graça (1Cr 16.29). O ministério de cultuar a Deus permanecerá como atividade principal da Igreja na Nova Jerusalém (Mt 12.22-24; Ap 4.10, 5.14), o lugar da eterna e permanente presença de Deus.

O culto ao Senhor deve ser expresso em palavras de adoração, que deve ser a atividade contínua, tanto na vida particular quanto comunitária da Igreja (Cl 3.17), mas a adoração também implica em disposição para o serviço a Deus.

 

“Quantas lágrimas verti, de profunda comoção, ao mavioso ressoas de teus hinos e cânticos em tua Igreja! Aquelas vozes penetravam nos meus ouvidos e destilavam a verdade em meu coração, inflamando-o de doce piedade, enquanto corria o meu pranto e eu sentia um grande bem-estar”.

Agostinho

 

Etimologia

            A palavra “culto” deriva do latim, significando homenagem ou adoração ao Ser Divino. No grego, há dois termos que se traduz por culto. “Latreia”, que significa “adoração” e proskyneo, que quer dizer “reverenciar”, “prestar obediência”, “render homenagem”.

 

Culto não é ritual;

O elemento chave é a atitude do coração do adorador diante de Deus (Jo 4.20-24); Existem quatro categorias de adoração falsa:

Ø  Cultuar falsos Deuses (Ex 34.14; Is 48.11; Rm 1.2; At 17.29);

Ø  Cultuar de forma errada o Deus verdadeiro (Ex 32.7-9; Dt 4.14-19; 1 Jo 1.1-3 (somente Cristo pode revelar Deus);

Ø  Cultuar à nossa própria maneira o Deus verdadeiro (Mt 15.3; Dt 4.2; 12.32);

Ø  Cultuar com atitude errada o Deus verdadeiro (Ml 1.7-10; Am 5.21-14; Os 6.4-6; Is 1.11-15).

 

 

A Perseverança no Templo

Leitura: Atos 2.46

 

A perseverança e assiduidade dos crentes na Igreja é uma prática devocional de extrema importância. O saltério revela a grandeza de estar na casa de Deus. O escritor do salmo 84 diz que vale mais estar na casa de Deus do que em qualquer outro. O escritor do salmo 42 sente saudades de quando podia estar livremente na casa de Deus e lamenta profundamente ter perdido tal benefício. O salmo 92 ensina que há crescimento e florescimento para os que estão na casa do Senhor. Asafe, no salmo 73, relata a angústia que viveu ao olhar para as posses dos ímpios, do abatimento espiritual que tomou conta dele, e do avivamento que experimentou ao entrar na casa de Deus com sinceridade, momento que o levou a compreender todos os propósitos de Deus, revelando a diferença entre o justo e o ímpio.

A Igreja primitiva cultuava todos os dias e ceava, provavelmente, todos os domingos, de modo que o crescimento da Igreja era franco e a espiritualidade resultava em milagres e sinais da parte de Deus, sobretudo na salvação das almas.

 

 

A atitude da Adoração

Leitura: Salmo 150

 

“O primeiro fundamento da justiça é, sem dúvida, a adoração a Deus”

João Calvino (Reformador francês)

 

É necessário que haja uma atitude de Adoração e Louvor por parte do crente. Adoração é “o transbordar de um coração grato, impulsionado pelo sentimento do favor divino”.

 

“LOUVAREI ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. A minha alma se gloriará no SENHOR; os mansos o ouvirão e se alegrarão. Engrandecei ao SENHOR comigo; e juntos exaltemos o seu nome. Busquei ao SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores”.

Salmo 34.1-4

 

A Adoração é uma resposta pelo modo que o Senhor tem se revelado nas coisas que estão criadas, manifestando seu poder (Rm 1.19, 20; Sl 136), na consciência do ser humano que, ainda em estado de depravação total, tem noção da divindade (Rm 2.14, 15).

A Adoração é uma reação ao contato com a glória e santidade de Deus (Gn 5 .18-24; Hb 11.5), onde Enoque “andou com o Senhor”.

Outros textos: Sl 86.11; Hb 11.5; 1Co 13.12; Mt 17.1-7.

 

A Glória do Senhor

Nas escrituras há a expressão da Glória do Senhor (Êx. 19.16-22; Ap 1.14, 16). Como entender essa Glória?

Ø  A infinitude: Deus não tem limitações (1Tm 6.16; Rm 11.33)

Ø  Auto-existência: Deus não depende de nada (Gn 1.1, At 17.25, Is 40.13)

Ø  Imutabilidade: Deus é sempre o mesmo (Ml 3.6; Tg 1.17, Hb 13.8; Jo 1.14; Is 40).

 

 

A Natureza Humana e a glória do Senhor Rm 3.23

O homem precisa viver em acordo com a glória de Deus, mas para isso precisa de uma nova condição espiritual, um novo nascimento, pois afastado da Glória não pode exercer todas as funções para qual foi criado: Louvar, adorar e estabelecer um relacionamento (Ef.1.1-14). A santidade de Deus o separa de outros seres; só ele é Deus e só ele é santo (IS 6.3; Ap 4.8). O homem está separado de Deus.

Com o Novo Nascimento (Jo 3.3-7; 1Pe 2.9,10), dom de Deus em Cristo, o homem pode adentrar o Santo dos santos e ter comunhão com Deus. Assim, a adoração é o reconhecimento da insignificância e dependência humanas em relação ao Senhor (Sl 144.3-8; Ap 21.23). Apocalipse 4:11 “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder...”.

Adoração e louvor não se limitam ao momento do culto. Individualmente o homem deve louvar e adorar.

 

 

A prática da Adoração

Leitura: Salmo 66.1-20

 

Contemplação

Contemplar é ver, olhar, admirar. O Salmo 27.4 diz: “Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo”. Significa contemplar ao Senhor por seus feitos, por seu caráter e por sua obra, ou seja, pelo que Ele fez, pelo que Ele faz e, principalmente, pelo que Ele é, apresentando um coração grato ao Senhor.

 

Comparação

Comparação é algo que impede a contemplação sincera, pois avalia valores de um ponto de vista distante de Deus. Isaías, no capítulo 14, a partir do versículo 12, faz o que é aceito como uma referência a Satanás. Ali, o inimigo observa a glória e o Reino de Deus, mas com um propósito comparativo, e não contemplativo, o que o levou às atitudes que selaram o seu destino. No capítulo 3 de Gênesis, incitada pelo adversário, Eva faz o mesmo ao olhar para o fruto do conhecimento do bem e do mal. O resultado foi a morte espiritual, carnal e, para aqueles que não aceitam a remissão em Cristo, eterna.

 No Salmo 73, Asafe, maestro dos corais sacerdotais, conta que entrou em um estado de comparação com os bens dos ímpios, o que o levou ao abatimento espiritual. Somente olhando para Deus com olhar de contemplação, pôde sentir o conforto da presença do Senhor.

 

Adoração e Humildade

A prática de adorar a Deus tem relação estreita com a humilhação (Tg 4.10; Lc 18.9-14). Humildade é ter um coração completamente submisso a vontade de Deus para executar a Sua vontade. Confiança na espiritualidade própria não tem espaço na adoração genuína. A soberba não pode estar envolvida no culto a Deus (Fp 2.3- 9), além disso, o homem soberbo não tem capacidade para aprender (Fp 3.12-14), pois não reconhece as próprias fraquezas.

 

A Prática da Gratidão

A prática de gratidão ao Senhor deve ser manifesta no culto, através de palavras, mas, sobretudo, através da mordomia Cristã. O convertido se conscientiza de que tudo o que tem, seus bens materiais, sua saúde, suas capacidades intelectuais e profissionais, sua espiritualidade, pertencem a Deus e passa a dedicar tudo o que ao verdadeiro Dono.

 

Ø  Dons / Talentos

“Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da Igreja.” 1Co14:12

 

O objetivo dos dons espirituais é a edificação do corpo de Cristo, a Igreja.

 

Ø  Bens

“Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda”. Pv 3.9

 

Honrar ao Senhor com os bens significa deixá-los a disposição do Senhor, pois foi ele quem propiciou. Obviamente, Deus não tem nenhuma necessidade financeira, mas a sua Igreja na terra sim. Dízimos (Lc 11.42) e ofertas (Lc 21.1-4) revelam uma adoração genuína, pois o adorador coloca o seu coração naquilo em que está o coração de Deus, ou seja, a obra de Deus na terra. Dizimar ou ofertar não são práticas legalistas, mas de adoração, entrega e louvor a Deus.

 

Salmo 150

 

Ø  Onde se deve adorar a Deus?

Versículo 01: LOUVAI ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder.

 

Ø  Por que se deve adorar a Deus?

Versículo 02: Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza.

 

Ø  Como, com o que se deve louvar ao Senhor?

Versículo 03, 04 e 05: Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos. Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes.

 

Ø  Quem deve louvar ao Senhor?

Versículo 06: Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.

 

 

 

O Papel da Pregação no Culto Congregacional

Leitura: 2 Timóteo 4.1-5

 

CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

2Tm 4.1-5

 

Aprender de Deus também é cultuá-lo, enquanto a desatenção diante de sua presença o ofende. É através da pregação da Palavra que os ímpios chegam ao conhecimento de Deus (At 2.37-38), se os seus corações forem “boas terras”, não dados aos cuidados do mundo, com profundidade para a Palavra penetrar (Lc 8.11-15).

A pregação é o momento de Deus falar à sua Igreja, através de seus ministros. É de suma importância a reverência e a atenção, além da disposição para fazer o que está sendo ensinado, doutra forma, é como se a semente caísse entre as pedras, mas a Palavra de Deus é eterna e aquele que se entrega a realizá-la, terá a vida eterna (1Jo 2.17), pois edificou sua casa sobre a rocha (Mt 7.24).

Enquanto Pedro pregava a Palavra na casa de Cornélio, o Espírito Santo “caiu” sobre todos os que estavam reunidos (At 10.44). A pregação da Palavra de tão grande importância, que é um dos requisitos para o estabelecimento de lideres na casa de Deus (1Tm 3.2; 2Tm 2.15), pois sem a pregação e a devida valorização da Palavra de Deus, a Igreja se torna uma edificação instável, sujeita a cair assim que for posta à prova a sua estrutura (Mt 7.26,27).